ZONA DE RISCO

sábado, 18 de setembro de 2010

zona de risco DERIVAS


Wilson Julião, Paulo Barcellos. De costas, Juca Rodrigues


Wilson Julião e Elisa Band


Wilson Julião, Maria Tendlau e convidados


Em primeiro plano, Paulo Barcellos e à direita, Elisa Band e Juca Rodrigues; ao fundo, fora do quadrado, Maria Tendlau, Mariana Sucupira, Wilson Julião. Mais à direita, dentro do coquetel, convidados para o início da Habitação Bruta no Centro Cultural São Paulo - projeto Zona de Risco DERIVAS.

Maria Tendlau e Wilson Julião

Cássio Santiago


Coquetel performativo - abertura do projeto Zona de Risco DERIVAS, com o início da Habitação Bruta no Centro Cultural São Paulo. Fotos: João Mussolin.


Coquetel Performativo

Abertura da Habitação Bruta, dentro do Projeto Zona de Risco DERIVAS no Espaço Cênico Ademar Guerra.

Fotos: João Mussolin






terça-feira, 24 de novembro de 2009

Ressonâncias

No dia 24 de outubro chegamos ao final do processo de criação do projeto Zona de Risco. Essa criação evoluiu para um formato a partir de materiais já-prontos trazidos por cada grupo, da convivência entre os artistas e da dinâmica imprevisível das apresentações aos sábados.

O ZR resultou num trabalho criado a partir da articulação não-hierarquizada entre diversas linguagens artísticas. Elementos organizados por seleção, justaposição e/ ou combinação entraram em relação, tornando o trabalho cada vez mais orgânico. Ainda que mantendo uma estética da fragmentação, as linguagens se integraram em alguns momentos de fusão no tempo-espaço do agora-aqui da apresentação.

Como numa exposição/ instalação, o público podia acompanhar um percurso ou passear pelo espaço, concentrando-se em focos que se espalhavam mais ou menos aleatoriamente, desorientando-o e obrigando-o ao questionamento e estimulando seus sentidos. Nesse ambiente performático, o espectador (ou seria melhor dizer interlocutor?) observava e era observado. Sua presença e movimentação podia despertar ações e intervenções. Todos estavam expostos e vulneráveis a uma potencial atuação.

Essa estrutura não se enrijeceu ao longo do processo. Ela manteve-se aberta, pronta para acolher novas interferências e experimentações a cada sessão. O processo não se enrijeceu, mas chegou a um ponto em que as diversas colaborações formaram uma composição não-hierárquica em que cada linguagem se expressava de maneira autônoma, entrando em fusão em alguns momentos. Pode-se dizer que uma peça híbrida combina momentos de autonomia de linguagens heterogêneas e de organicidade ao mesmo tempo? Pois é essa a impressão que dá o resultado das experimentações dessa primeira edição do projeto Zona de Risco.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Ressonâncias





Os sentidos atacados por todos os lados, racional e sensorialmente, através da visão e da audição. Pequenas explosões de luz, som e imagem redirecionam constantemente a atenção, projetando-se sobre os corpos e pelo espaço.
Fotos: João Mussolin, 24/10

Cenas de fronteira







Fotos: João Mussolin, 24/10





Foto: Carlos Rennó, 12/09

Em sua mobilidade e plasticidade, através de movimentos não-cotidianos, atores e bailarinos têm o dom de criar novas obras a partir de seus repertórios de palavras e técnicas corporais.


sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A estética do risco



Na época da racionalização, do ideal do cálculo, da generalizada racionalidade do mercado, cabe ao teatro o papel de, por meio de uma estética do risco, lidar com afetos extremos, que sempre incluem a possibilidade da dolorosa quebra do tabu. Essa quebra ocorre quando os espectadores são expostos ao problema de reagir àquilo que se passa diante deles de modo que não mais exista a distância segura que parece garantir a diferença estética entre a sala e o palco. Justamente essa realidade do teatro, o fato de que ele pode brincar com tais limites, o predestina a atos e ações nos quais não se formula uma realidade “ética” ou mesmo uma tese ética; antes, surge uma situação na qual o espectador é confrontado com o medo abissal, com a vergonha e também com a irrupção da agressividade. (...) Faz parte da concepção do teatro engendrar um terror, uma violação de sentimentos, uma desorientação que, por meio de procedimentos supostamente “amorais”, “antissociais”, “cínicos”, faça o espectador se deparar com sua própria presença sem tirar dele o humor, o choque do reconhecimento, a dor, a diversão, que são os motivos pelos quais nos encontramos no teatro. (Hans-Thies Lehmann, O Teatro Pós-Dramático, CosacNaify, 2007, p. 427)


 
Fotos: Silvano, 19/09

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Prorrogação!!!




As sessões ZR continuarão acontecendo em outubro, aos sábados, e estão invadindo cada vez mais a Zona de Fronteira entre espectadores e atores na criação de uma "obra de arte viva", como diria Adolphe Appia. O projeto ZR também traz, este mês, às quintas-feiras, experimentações musicais e imagéticas com o duo Müvi.
Venham conferir!